Interessante vídeo sobre genética bacteriana.
Os processos de Transdução, Transformação e de Conjugação são tratados de forma bastante simples, o que facilita sua compreensão.
Vale a pena conferir.
Processos visualizados:
Transdução: transferência de material genética de uma célula bacteriana a outra via bacteriófagos (vírus).
Transformação: absorção de moléculas ou fragmentos de DNA que estejam dispersos no meio.
Conjugação: transferência de DNA diretamente de uma bactéria a outra por meio de um tubo de proteína denominado pili.
Espaço aberto para discussões e dúvidas em Microbiologia.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nome: João Augusto
ResponderExcluirInstituição de Ensino: Colégio Antônio Sales
Dúvida: Acho interessantes demais esses mecanismos de transferência de material genético entre bactérias. Já li algumas notícias em revistas sobre isso e fico encantado com o modo como esses seres procariontes, essencialmente reprodutores assexuados, conseguem gerar sua variação genética por meio desses processos.
Li uma notícia que falava sobre a transformação de bactérias para fins econômicos. Na notícia, falava-se sobre 'bactéria competente'. O que isso quer dizer?
Obrigado pela resposta.
Resposta à pergunta de João Augusto, aluno do Colégio Antônio Sales
ResponderExcluirCaro João Augusto,
O processo de transformação se dá pela captação de uma molécula ou de fragmentos de DNA do meio. Diz-se de célula bacteriana competente aquela que é capaz de passar pelo processo de transformação. Apenas certas linhagens são competentes e, ao que parece, essa capacidade é determinada geneticamente.
Em bactérias transformáveis, a competência é determinada por proteínas especiais, responsáveis pela captação e pelo processamento do DNA.
Nome: Luciana
ResponderExcluirInstituição de Ensino: Colégio Estado do Pará
Questão: Meu pai é criador de bovinos. Um dia, em conversa com o veterinário que acompanha nossos bichos, descobri que as vacas possuem uma microbiota estomacal que as ajuda a digerir seus alimentos. Como esses micro-organismos participam do processo de digestão?
Resposta à pergunta de Luciana, aluna do Colégio Estado do Pará
ResponderExcluirCara Luciana,
As vacas são seres herbívoros ruminantes e possuem seu estômago dividido em 4 partes: rúmen, retículo, ômaso e abômaso.
Como se alimentam de vegetais e estes possuem paredes celulares compostas por celulose, para que as vacas tenham acesso aos nutrientes vegetais, necessitam digerir esse polissacarídeo. Mas nenhum ser multicelular é capaz de produzir a celulase, enzima degradadora da celulose.
As vacas, quando ingerem seu alimento, o mastigam e, logo, o engolem. Ao chegarem ao seu estômago, os alimentos ficam retidos no rúmen e no retículo. Nestes compartimentos, os micro-organismos presentes, possuidores da celulase, agem quebrando a celulose. Daí então, o alimento é regurgitado, remastigado e retorna, novamente, aos compartimentos rúmen e retículo, onde passam, mais uma vez, por processo de digestão química. Os alimentos só passam para o ômaso e para o abômaso quando já estão bastante digeridos.
Dessa forma, as bactérias presentes no estômago das vacas participam do seu processo digestório por meio da degradação da celulose.
Nome: Talita Arruda
ResponderExcluirInstituição de Ensino: Colégio Master
Questão: (Amabis & Martho, 2006)
Que característica estrutural distingue bactérias gram-positivas de gram-negativas?
Resposta à pergunta de Talita, aluna do Colégio Master
ResponderExcluirA diferenciação entre bactérias G+ e G- dá-se através de sua parede celular.
A parede celular das bactérias G+ apresenta-se como uma grossa camada de peptideoglicano na qual se encontram embebidos ácidos teicóicos e lipoteicóicos, bem como algumas proteínas.
Já a parede celular das bactérias G- apresentam-se como uma camada de peptídeoglicano mais fina adicionada de uma outra camada de parede, formada por lipopolissacarídeos.
No processo de coloração de Gram( 1- Coloração com cristal violeta; 2- coloração com iodo; 3- lavagem com álcool; 4- coloração com safranina), forma-se um complexo de cristal violeta + iodo no interior das células. Na etapa de lavagem com álcool, a grossa camada de peptideoglicano das G+ é desidratada, o que fecha seus poros e impede a extração do complexo de cristal violeta com iodo de seu interior. Já nas G-, isso não ocorre e o complexo é extraído.
Dessa forma, as bactérias G+ impedem a ação do corante safranina e ficam, por conseguinte, coradas de roxo e as G-, de vermelho, devido às diferenças existentes em suas paredes celulares.